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Do lar

 

Quatro bifes para temperar
Dezoito meias para coser
Uma colcha para passar
Um segredo para esconder.

Os lençóis para mudar
Tantas camas por fazer
O bacalhau pra demolhar
Tantas juras para esquecer.

Sete filhos para pentear
E um só pra adormecer
Se houver tempo até ao jantar
Talvez dê para viver.

O maldito refogado não se fará sozinho.

 
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