Primeiro, chamou-se um bombeiro, para tirar de lá o vespeiro.
Depois, chamou-se um carpinteiro, que entabuasse lá o vespeiro.
A seguir, um pantomineiro, que conseguisse entreter lá o vespeiro.

O vespeiro continuou. Lá, onde estava o vespeiro.

Sugeriu-se um padeiro, que viesse enfarinhar o vespeiro.
Recomendou-se um banheiro, que levasse o vespeiro à praia.
Veio o carteiro, trazendo contas de água e luz para o vespeiro.

Por fim, em desespero de causa, até um mosqueteiro chamaram,
Que conseguisse expulsar o vespeiro com a ponta do seu florete.

Entre tudo isto, safou-se, finalmente, um técnico oficial de contas,
Que se apresentou, dizendo ao que vinha,
E convenceu o vespeiro a deslocar-se, de sua livre vontade,
Para paragens onde a carga fiscal lhe fosse mais favorável.

Foi-se o vespeiro e o técnico oficial de contas acabou nomeado rei honorário de todas as vespas.

A história teria um final feliz se não tivesse aparecido um formigueiro.
Que reduziu o prédio inteiro a fanicos.

Uma tragédia como nunca se viu, no mundo inteiro.