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A balada de José Catrapumba

 

Pede-se ao proprietário do veículo com a matrícula
Zero
Zero
Zero
Um
O favor de abrir o coração ao cosmos.
Porque os velhos epigramas deixaram de fazer sentido
E o arroz carolino continua em promoção.

No alto de tudo, luz uma esperança feita de buracos.
E as crianças do mar não regressarão ao areal de Massarelos.

Olhemos para elas e deitemo-nos à sombra.
Tu e eu, aqui e agora.
Porque o chá que bebemos era cicuta
E clama por nós um sono sem fim.

 
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