O pangolim arborícola tem o corpo coberto de escamas.
Quando se sente ameaçado, o pangolim arborícola, enrola-se numa bola.
Quando se sente desrespeitado, o pangolim arborícola escreve cartas de protesto.

O pangolim, sendo arborícola, devora insetos que encontra nos troncos das árvores.
Porque é arborícola, o pangolim come às vezes lagartas escondidas nas folhas.
Se não fosse arborícola, o pangolim gostaria de ter sido técnico oficial de contas.

O pangolim não deixa de ser arborícola mesmo quando desce das árvores.
A natureza arborícola do pangolim é perene. Não se anula por suspensões passageiras.
Entre os ramos mais altos, o pangolim sonha muitas vezes ser uma gazela.

No dia da sua morte, o pangolim arborícola desceu da árvore sem receio.
“Arborícola, uma ova”, pensou o pangolim. “Vou para onde me apetecer.”
O leão escondia-se entre o capim. A carne do pangolim arborícola podia ser mais tenra.